• 15 de julho de 2019, 09:40
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Revoluo digital muda a cara dos bancos 3b689

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Nubank avana para uma nova fronteira que pode transform-lo em banco de verdade Foto: Vtao Takayama/Nubank

Segmento atrai mais concorrentes, mas dvida se h mercado para todos (Luciana Dyniewicz)

A proliferao dos bancos digitais tem feito o setor financeiro brasileiro viver um momento de ebulio. Esto entrando nessa competio desde fintechs europeias, como a alem N26 e a inglesa Revolut, at o maior banco brasileiro de investimento, o BTG Pactual. Empresas que comearam apenas com meios de pagamento, como o Nubank, avanam para uma nova fronteira que pode transform-las em bancos de verdade: o crdito pessoal.

Tambm esto mudando suas atuaes bancos antes classificados como de mdio porte. o caso do Inter e do Bonsucesso, rebatizado como BS2. Eles, agora, tambm so digitais. Foi justamente a inteno de atuar nesse segmento que fez alguns dos scios do BTG – Marcelo Kalim, Carlos Fonseca e Leandro Torres – deixarem o banco no fim de 2017 e fundarem o C6, outro banco digital que, hoje, opera em fase de testes.

Analistas do setor j avisam, porm, que no haver espao para todos e que um processo de consolidao est por vir difcil saber qual ser o perfil dos vencedores, mas provavelmente sero muito voltados para o cliente e tero um leque amplo de produtos, dizem especialistas. Outra possibilidade a segmentao.

“Agora, a preocupao dos digitais construir a base de clientes. Por enquanto, h um jogo de rouba monte (por correntistas), no qual os bancos tradicionais esto perdendo”, diz Ricardo Heidel, da consultoria Accenture. “Em algum momento, isso deve se estabilizar e, a, os digitais tero de se rentabilizar.”

At agora, os digitais esto, em sua maioria, querendo disputar o ttulo de sexto maior banco do Pas em nmero de correntistas, atrs de Bradesco, Banco do Brasil, Ita, Caixa Econmica e Santander.

Em maio, quando anunciou sua entrada no segmento, o BTG afirmou que esse era seu objetivo. Em conversa com o Estado, Marcelo Flora, scio do banco, foi alm: “Quero ser o primeiro. Vamos caminhar em direo ao varejo. Estamos comeando atrasados, mas j vamos fazer dentro de um banco, para ganhar vantagem competitiva l na frente.”

O presidente do banco Inter, Joo Vitor Menin, por sua vez, afirma j ter dado uma data para se transformar no sexto: “At o fim deste ano”. O fundador do Nubank, David Vlez, afirma: “J somos o sexto”.

Oficialmente, o sexto o Banrisul, com 4,2 milhes de correntistas ativos. Vlez afirma que o Nubank tem 7 milhes, mas no abre quantos deles so ativos, ou seja, que movimentam suas contas. J o Inter tinha 2 milhes no fim de maro.

No Original, que est com 1,4 milho de correntistas ativos, h a convico de que, at 2022, entre os cinco maiores bancos brasileiros, um ou dois sero digitais. “Vai haver uma consolidao dos competidores”, diz Raul Moreira, diretor executivo do banco, “Acreditamos que os bancos mais completos e digitais de ponta a ponta sero os vencedores.”

Os digitais tm avanado graas a seus aplicativos superiores – mais intuitivos – na comparao com os dos bancos tradicionais e a vrias isenes tarifrias. Para conseguir oferecer contas gratuitas, os digitais se beneficiam do fato de no terem custos com agncias. Uma das maiores fintechs da Europa, o banco alemo N26, por exemplo, calcula que seu custo operacional por cliente seja cerca de 15% do de um banco tradicional.

Os digitais tambm acabam abrindo mo de algumas receitas. “Eles item que podem ganhar menos dinheiro, mas que, mesmo assim, vo ganhar”, diz o consultor Andr Leme, scio da Bain & Company. Quando no oferecem gratuidades, por outro lado, explicam de forma mais detalhada ao cliente o que ele est pagando. “H uma transparncia de custo: os tradicionais tm taxas difceis de entender para quem no est acostumado”, diz Leme. O discurso reitera essa linha. “No que tenho de ser de graa, mas tenho de ser transparente na oferta”, afirma Eduardo Prota, responsvel por trazer o N26 ao Brasil.

Prximo o
Tarifas gratuitas ou didticas, porm, no devero ser suficientes na hora da consolidao. A ampliao da oferta de produtos, incluindo itens mais complexos, ser crucial, na viso de Yran Dias, scio da McKinsey – consultoria que j participou do desenvolvimento de mais de 50 bancos digitais em todo o mundo. “Lanar um banco digital no um desafio”, diz Dias. “A questo est na execuo e na escala. Para ganhar escala, as fintechs vo precisar financiar veculo e moradia, colocar mais produtos.”

No caso dos bancos tradicionais, o crdito costuma ser uma das principais fontes de receita. Da a importncia de os digitais tambm estarem nessa rea.

Apesar de afirmar que no pretende oferecer produtos muito complexos, o Nubank comea a dar seus primeiros os nessa direo. Desde fevereiro, a empresa tem um servio de emprstimo pessoal em fase de teste. “Vamos lanar mais produtos, mas que sejam simples para o consumidor”, diz Vlez. “No queremos que ele tenha de escolher entre 50 tipos de fundo.”

Parte da expanso do Nubank est sendo financiada pelo Goldman Sachs, que concedeu financiamento de at R$ 455 milhes para a empresa ter sua carteira de crdito rotativo. Segundo Jason Nassof, vice-presidente do Special Situations Group do Goldman – que investe em empresas de mdio porte –, a aposta no Nubank foi feita aps se considerar o tamanho e o potencial do mercado brasileiro. “Investimos em fintechs h muito tempo, e Vlez tem uma viso de se fazer algo disruptivo.”

O N26, que tem apenas seis funcionrios no Brasil at agora, tambm j considera a possibilidade de ter um portflio robusto. “Na Alemanha, temos cheque especial e certamente, iremos alm de um carto de crdito aqui”, diz Prota. “No viemos para ser um concorrente pequeno.”

O C6, que ainda nem teve seu lanamento oficial, outro que pretende avanar. O banco j oferece CDB (Certificado de Depsito Bancrio) para quem quer investir e logo dever ter uma linha de crdito pessoal.

Apesar de ser na ampliao de leque de produtos que muitas fintechs se transformam em bancos de verdade, a tambm que podem acabar morrendo. Trabalhar com anlise de crdito, por exemplo, pode ser mais desafiador e complexo para quem nasceu como uma empresa de tecnologia e precisa desenvolver a rea do zero. “Ser banqueiro no ter um aplicativo bacana”, diz Miguel Santacreu, da Austin Rating. “Instituies financeiras tm risco: preciso ter gente muito qualificada para fazer uma anlise de crdito.”


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