• 04 de setembro de 2014, 10:01
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Reintegrado ao Ita bancrio com LER/DOR 5f3c47

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Vitria em ao aberta pelo Sindicato devolve emprego para trabalhador demitido depois de quase 25 anos de dedicao empresa (Mariana Castro Alves)
Uma ao civil pblica aberta pelo departamento jurdico do Sindicato dos Bancrios de So Paulo garantiu a reintegrao a um funcionrio desligado do Ita com Leses por Esforos Repetitivos (LER) e Distrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (Dort). Erivaldo Barreto de Deus (foto), de 47 anos, voltou ao emprego, no Centro istrativo Brigadeiro, na segunda, 1 de setembro em So Paulo.

A deciso do juiz Luiz Gustavo Ribeiro Augusto, da 87 Vara do Trabalho da Capital, determinou a reintegrao em atividade compatvel com seu estado e o restabelecimento de seu plano de sade. A sentena, assinada em 12 de agosto, foi por tutela antecipada, ou seja, faz valer os efeitos da deciso, mesmo que o banco entre com recurso.

Perseguio e demisso
Depois de quase 25 anos de dedicao ao Ita, Barreto foi demitido por suposta “baixa performance”, em outubro de 2013. “Isso foi o que eles alegaram. Mas, j vi isso acontecer em muitos casos. Conheo vrias outras pessoas lesionadas perseguidas e demitidas pelo Ita”, conta o trabalhador, que matinha boas relaes com todos e no apresentava nada que o desabonasse.

A leso apareceu em 1995. “O primeiro diagnstico foi de sndrome do tnel do carpo, nos punhos”, conta.

Apesar de acompanhamento mdico, o quadro de sade s foi piorando. “Ficava na contagem de numerrio. O problema ou dos punhos aos cotovelos e atingiu os dois ombros, por volta do ano de 2000”, diz.

Barreto teve cinco afastamentos pelo INSS – com emisso de Comunicao de Acidente de Trabalho (CAT), em que o nexo causal entre a doena e o servio estabelecida – alm de afastamentos de quinze dias.

De acordo com Barreto, estava “tudo bem” desde 2005, quando foi transferido para outro setor. “Estava adaptado a uma funo que no me causava problema. Isso consegui com um certificado de reconhecimento do INSS da minha situao. A partir desse certificado, o banco me ofereceu trabalhar no monitoramento de caixa eletrnico. Estava bem adaptado”, conta.

Prtica disseminada
De acordo com dirigentes sindicais, a histria de Barreto no isolada: “H no Ita uma prtica disseminada de perseguio e depois demisso de trabalhadores lesionados”, afirma a diretora do Sindicato Marta Soares.

“Assim que demitido, ele logo procurou o Sindicato e tentamos uma sada negociada, mas o Ita recusou. Assim, tivemos que entrar na Justia”, conta o dirigente sindical Antnio Alves de Souza, o Toninho.

Vitria
“Fiquei muito feliz quando fui informado da reintegrao”, declara Barreto, que casado e pai de trs filhos.
“A demisso trouxe uma srie de consequncias para a minha vida. Tenho dois filhos que ainda moram comigo e um deles autista. Minha esposa tem que ficar em casa, cuidando dele. E, por no conseguir pagar aluguel em So Paulo, tive que mudar para o interior, onde comprei uma casa”, conta.

Com residncia atual em Cosmpolis, a 132 quilmetros de So Paulo, Barreto se prepara agora para enfrentar mais de duas horas de viagem para chegar ao trabalho.
Mesmo com uma histria cheia de dificuldades, que ainda no acabaram, Barreto enftico sobre seu retorno ao emprego: “Foi sim uma vitria”, declarou. (Fonte: SEEB SP)


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