• 26 de junho de 2014, 10:13
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Pesquisa mostra que bancos cortaram 3.283 empregos at maio
Demisses contrariam movimento da economia brasileira
Os bancos fecharam 3.283 empregos de janeiro a maio de 2014. Enquanto os bancos privados e o Banco do Brasil cortaram postos de trabalho, a Caixa Econmica Federal abriu 1.433 novas vagas no mesmo perodo, o que evitou um resultado ainda pior para o setor, que o mais lucrativo do Pas.
O corte de empregos nos bancos contraria o movimento da economia brasileira, que gerou 543.231 novos empregos formais nos primeiros cinco meses do ano.

Os dados constam na Pesquisa de Emprego Bancrio (PEB) divulgada nesta quarta-feira (25) pela Confederao Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), que faz o estudo em parceria com o Dieese, com base nos nmeros do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministrio do Trabalho e Emprego (MTE).

> Clique aqui para ar as tabelas e grficos da pesquisa.

Conforme o estudo, alm da reduo de vagas, a rotatividade seguiu alta no perodo. Os bancos brasileiros contrataram 14.031 funcionrios e desligaram 17.314.

Um total de 17 estados apresentaram saldos negativos de emprego no perodo. Os maiores cortes ocorreram em So Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais, com 1.560, 422, 398 e 323 cortes, respectivamente. O estado com maior saldo positivo foi o Par, com gerao de 121 novas vagas.

"Mesmo acumulando lucros bilionrios, os bancos brasileiros, sobretudo os privados, continuam eliminando postos de trabalho em 2014, a exemplo dos ltimos meses de 2013, o que no tem justificativa. No ano ado, os seis maiores bancos (BB, Ita, Bradesco, Caixa, Santander e HSBC) lucraram R$ 56,7 bilhes", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.

Para ele, "banco que no gera empregos anda na contramo da economia do Pas, prejudica os bancrios, piora o atendimento dos clientes e da populao e no contribui para o crescimento com distribuio de renda".

Rotatividade achata salrios dos bancrios

A pesquisa mostra tambm que o salrio mdio dos itidos pelos bancos nos primeiros cinco meses do ano foi de R$ 3.268,95 contra o salrio mdio de R$ 5.188,23 dos desligados. Assim, os trabalhadores que entraram nos bancos receberam valor mdio equivalente a 63% da remunerao dos que saram.

"Os bancos privados seguem praticando a rotatividade, um instrumento perverso utilizado para reduzir a massa salarial da categoria e turbinar ainda mais os lucros", aponta o presidente da Contraf-CUT. "Nos ltimos dez anos, os bancrios conquistaram aumentos reais consecutivos, mas esses ganhos foram corrodos pela rotatividade, travando o crescimento da renda dos bancrios", denuncia.

Para Cordeiro, "os nmeros da nova pesquisa fortalecem cada vez mais a certeza dos bancrios de ampliar a luta contra as demisses e pelo fim da rotatividade, por mais contrataes e contra o PL 4330 da terceirizao, como forma de proteger e ampliar o emprego da categoria e da classe trabalhadora". Ele salienta que "o emprego ser uma das principais demandas da Campanha Nacional dos Bancrios 2014, que j est sendo organizada em todo o Pas".

Desigualdade entre homens e mulheres

A pesquisa revela tambm que as mulheres, ainda que representem metade da categoria, permanecem sendo discriminadas pelos bancos na sua remunerao, ganhando menos do que os homens quando so contratadas. Essa desigualdade continua ao longo da carreira, pois a remunerao das mulheres bem inferior dos homens no momento em que so desligadas dos seus postos de trabalho.

Enquanto a mdia dos salrios dos homens na isso foi de R$ 3.749,06 de janeiro a maio deste ano, a remunerao das mulheres ficou em R$ 2.792,04, valor que representa 74,5% da remunerao de contratao dos homens.

J a mdia dos salrios dos homens no desligamento foi de R$ 5.956,71 no perodo, enquanto a remunerao das mulheres foi de R$ 4.371,98. Isso significa que o salrio mdio das mulheres no desligamento equivale a 73,4% da remunerao dos homens.

Maior concentrao de renda nos bancos

O presidente da Contraf-CUT salienta que "a pesquisa fortalece ainda a luta dos bancrios por distribuio de renda". Enquanto no Brasil, os 10% mais ricos no pas, segundo estudo do Dieese com base no Censo de 2010, tm renda mdia mensal 39 vezes maior que a dos 10% mais pobres, no sistema financeiro a concentrao de renda ainda maior.

No Ita, cada membro do Conselho de istrao recebeu, em mdia, R$ 15, 5 milhes em 2013, o que representa 318,5 vezes o que ganhou o bancrio do piso salarial. No Santander, cada diretor embolsou, em mdia, R$ 7,7 milhes no mesmo perodo, o que significa 158,2 vezes o salrio do caixa. E no Bradesco, que pagou, em mdia, R$ 13 milhes no ano para cada diretor, a diferena para o salrio do caixa foi de 270 vezes.

Desta forma, para ganhar a remunerao mensal de um desses executivos, o caixa do Ita tem que trabalhar 26,5 anos, o caixa do Santander 13 anos e o do Bradesco 22,5 anos.

*Contraf/CUT com edio da Fetrafi-RS


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