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Mas poucos so os que denunciam a agresso; medo a principal causa do silncio
Levantamento realizado pela Vagbancarioserechim-br.diariodoriogrande.com, maior portal de carreiras do pas e lder em solues de e-recruitment, aponta que a maioria dos trabalhadores brasileiros (52%) j enfrentou situaes de assdio moral ou sexual no trabalho. As mulheres so as maiores vtimas: dos indivduos que declararam j ter sofrido assdio, 54,4% so mulheres e 45,6% so homens. Dos que sofreram assdio, 39,6% disseram que o episdio impossibilitou ou causou dificuldades na vida profissional.
O assdio moral, caracterizado por piadas, chacotas, agresses verbais ou gritos constantes, lidera a incidncia de casos. Do total da base de respondentes, 47,3% declararam j ter sofrido este tipo de agresso. As mulheres so ligeiramente as mais afetadas e responderam por 51,9% dos casos relatados contra 48,1% no caso dos homens.
J o grupo dos indivduos que declaram ter sofrido assdio sexual, caracterizado por comportamentos abusivoscomo cantadas, propostas indecorosas ou olhares abusivos, somou 9,7% da amostra total. Neste caso, entretanto, as mulheres so as mais afetadas disparado. Do total de casos deste tipo de agresso relatados na pesquisa, 79,9% ocorreram com mulheres e 20,1% com homens.
A pesquisa revela ainda que 51,3% dos casos foram perpetrados pelo chefe direto do ofendido, 32,6% por superior hierrquico, mas no pelo chefe direto e 11,5% por funcionrios do mesmo nvel. Apenas 4,6% dos episdios foram ocasionados por funcionrio de nvel hierrquico inferior.
O levantamento coletou os dados em pesquisa realizada por meio eletrnico com candidatos cadastrados no portal, entre os dias 19 e 22 de maio. No total, o estudo avaliou os dados de 4.975 respondentes de todas as regies do pas. A amostra foi constituda por 50,7% de indivduos do sexo masculino e 49,3% do sexo feminino. A maior parte dos respondentes (44%) est na faixa de 26 a 35 anos. O segundo maior grupo (27%) concentrou indivduos entre 18 e 25 anos, seguido por indivduos de 36 a 45 anos (19%).
No campo da escolaridade, 38,8% da amostra foi formada por indivduos com segundo grau completos e formao universitria incompletos, 29,2% declararam ter formao superior completa e 16,6% da amostra foi constituda por ps-graduados (ver demografia completa na apresentao em pdf).
Como reage quem sofre assdio
-87,5% no denunciam a conduta. Ou seja, apenas 12,5% declaram ter dado cincia dos casos s suas empresas
-39,4% no denunciam por medo de perder o emprego; o medo de represlias (31,6%), vergonha (11%), receio de a culpa recair sobre o denunciante (8,2%) e sentimento de culpa (3,9%) so as principais razes apontadas para evitar a denncia
-12,5% decidiram fazer a denncia. Destes, 59,9% fizeram imediatamente aps o episdio e 40,01% levaram de 1 ms a trs anos para tomar esta iniciativa, sendo que 25% o fizeram no intervalo de 1 a seis meses
-56,3% dos que no denunciaram permaneceram no emprego depois do assdio, 20,9% foram demitidos e 22,8% pediram demisso aps as ocorrncias
-20% entre os que denunciaram declaram ter sido demitidos aps a iniciativa, 17,6% declararam ter sofrido perseguio e apenas 8,6% resolveram levar o caso Justia. Para 39,2% nada mudou aps a denncia
-74,6% dos respondentes que denunciaram disseram que o agressor permaneceu na empresa e apenas 12,1% declararam que o agressor foi demitido aps a denncia. Os que no sabem o que aconteceu com o agressor somam 11%. Os que informaram que o agressor pediu demisso somam apenas 2% do grupo dos denunciantes. (Fonte: Bem Paran)
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