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Reduo necessria para fazer frente a juros baixos, competio e novos hbitos de clientes (Por Talita Moreira)
Ita Unibanco, Bradesco, Santander, Banco do Brasil (BB) e Caixa tero de reduzir juntos pelo menos R$ 24 bilhes em custos operacionais nos prximos trs anos se no quiserem perder eficincia. A estimativa, feita pela consultoria alem Roland Berger, pressupe um corte de 10% na base atual de despesas dos cinco maiores bancos comerciais do pas para fazer frente a um cenrio de taxas de juros baixas, competio crescente e novos hbitos dos consumidores.
O cenrio-base leva em conta uma reduo esperada de 1,5 ponto percentual nos spreads nesse perodo. O corte de despesas pode chegar a R$ 32,2 bilhes caso o prmio mdio cobrado pelas instituies financeiras caia 2 pontos percentuais. Esse o volume estimado em revises de custos necessrias para manter os ndices de eficincia no patamar atual. Caso queiram melhorar o indicador, os cortes necessrios teriam de subir para algo entre R$ 35 bilhes e R$ 40 bilhes, prev a consultoria.
Os bancos brasileiros tm ndices de eficincia at melhores que os que se veem na Europa e nos Estados Unidos. No entanto, para a Roland Berger, os resultados so mais positivos do que deveriam porque os spreads ainda altos praticados no pas camuflam uma srie de problemas. A reduo que est em curso nos spreads, portanto, expe ineficincias e pressiona esse indicador, calculado pela relao entre custos operacionais e receitas.
“Os bancos precisam iniciar j uma nova onda de eficincia”, afirma Antnio Bernardo, presidente da Roland Berger no Brasil. “A queda dos spreads torna mais evidentes as ineficincias.”
Os sinais de presso sobre os grandes bancos j aparecem no mercado acionrio, que comea a colocar nos preos uma esperada queda de rentabilidade. Os papis dos pesospesados do setor terminaram 2019 com um desempenho muito aqum do apresentado pelo Ibovespa.
Os maiores desafios recaem sobre BB, Caixa e Bradesco, de acordo com estudo feito pela consultoria. “Tm redes pesadas e grandes custos de manuteno”, afirma Joo Bragana, diretor snior da consultoria para a indstria financeira.
Guilherme Vitolo, principal executivo da Roland Berger para o setor, acrescenta que, no caso do Bradesco, tambm deve haver presso sobre as receitas de seguros e previdncia, que compem parte importante do resultado. O banco comeou a atacar parte do problema. No fim do terceiro trimestre, a instituio informou que havia fechado 50 agncias desde o incio de 2019 e planejava encerrar pelo menos outras 400 at o fim de 2020. O nmero equivale a quase 10% do total.
Todos os grandes bancos fizeram movimentos para reduzir sua rede fsica em 2019. A exceo fica por conta da Caixa, que est abrindo pontos de atendimento para ter cobertura em 100% dos municpios brasileiros. Nesse caso, a lgica mais de facilitar a distribuio de benefcios sociais do que uma estratgia comercial propriamente.
Baixar as portas das agncias de tijolo e cimento no um processo dos mais simples para as instituies financeiras, reconhece Bernardo. Especialmente nos bancos com maior capilaridade no interior do pas, a rede fsica ainda um importante gerador de receitas. “H um debate entre fechar agncia e perder receita”, afirma Vitolo.
De acordo com o estudo, as grandes instituies financeiras precisam agir em trs frentes. Uma delas abraar de vez a transformao digital das operaes e faz-la de ponta a ponta, no s no atendimento aos clientes. “Hoje, todos tm produtos com experincia digital, mas da porta para dentro nem sempre assim”, diz Bernardo.
A outra recomendao da consultoria que os bancos mudem a forma como os negcios esto organizados, deixando de lado a abordagem por produtos ou canais para adotar uma viso mais centralizada no cliente. Isso, entretanto, algo que j est em curso, em maior ou menor grau, nos bancos privados. “O cross-sell no Brasil ainda muito baixo. No chega a trs produtos por cliente”, acrescenta o executivo.
A terceira sugesto que as instituies criem unidades de bancos digitais autnomas, sem ligao com os sistemas legados. Segundo o presidente da Roland Berger, um o mais profundo que o dado pelo Bradesco com o Next, j que nesse caso a unidade digital ainda se alimenta da estrutura do banco tradicional. Para ele, o grande exemplo o do espanhol BBVA, cujo “hub digital” independente tem contribudo para a transformao do banco convencional.
Se para as grandes instituies a sada se tornarem mais digitais, para os bancos j nascidos sem rede fsica o caminho a ser trilhado outro. Nesse caso, a base de clientes cresce de forma acelerada, mas poucos bancos digitais encontraram um caminho para transformar isso em dinheiro. Para a Roland Berger, essas fintechs tero de refinar a segmentao de seus negcios, melhorar os modelos de anlise de risco e estabelecer parcerias com grandes empresas - como varejistas e operadoras de telefonia - para oferecer servios aos clientes delas. “Essa pode ser uma estratgia vencedora porque voc otimiza vendas e o parceiro faz o esforo de engajamento da base”, afirma Braga.
Oferecer uma simples conta digital j no suficiente, segundo a consultoria, e isso vale tambm para os bancos de mdio porte voltados a pessoas fsicas. Para a Roland Berger, essas instituies precisam ter uma oferta diversificada, indo alm da dupla consignado e carto de crdito.
Enquanto isso, os bancos mdios que atendem pessoas jurdicas tero de entrar em segmentos de maior risco, j que as grandes instituies financeiras tambm aram a olhar com maior frequncia para micro, pequenas e mdias empresas. “O desafio como repensar as exigncias de garantias para atender melhor esse mercado”, diz Vitolo. (Fonte: Valor Econmico)
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