2012 Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancrios de Erechim e Regio
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Pesquisa do Emprego Bancrio aponta novos nmeros |
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O sistema financeiro fechou 1.849 postos de trabalho no primeiro trimestre de 2014. Enquanto bancos privados lideraram os cortes, a Caixa Econmica Federal abriu 1.132 vagas no mesmo perodo, o que impactou positivamente o resultado do setor. A reduo de empregos nos bancos anda na contramo da economia brasileira, que gerou 344.984 novos postos de trabalho nos trs primeiros meses do ano. |
Os dados constam na Pesquisa de Emprego Bancrio (PEB) divulgada nesta quinta-feira (24) pela Contraf-CUT, que faz o estudo em parceria com o Dieese, com base nos nmeros do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministrio do Trabalho e Emprego (MTE). > Clique aqui para conferir tabelas e grficos da pesquisa. Conforme o estudo, alm do corte de empregos, a rotatividade permaneceu muito alta no primeiro trimestre do ano. Os bancos brasileiros contrataram 8.266 funcionrios e desligaram 10.115. Um total de 13 estados apresentaram saldos negativos de emprego. Os maiores cortes ocorreram em So Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais, com 967, 276, 260 e 186 vagas, respectivamente. O estado que exibiu o maior saldo positivo foi o Par, com a criao de 124 postos de trabalho. "Mesmo auferindo lucros bilionrios, os bancos brasileiros, especialmente os privados, continuaram eliminando postos de trabalho neste incio do ano, a exemplo dos ltimos meses de 2013, o que no tem justificativa. No ano ado, os seis maiores bancos (BB, Ita, Bradesco, Caixa Econmica Federal, Santander e HSBC) lucraram R$ 56,7 bilhes", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT. Para ele, "banco que no gera emprego anda na contramo da economia do pas, prejudica os bancrios e no contribui para o crescimento com distribuio de renda". Rotatividade diminui salrios dos bancrios A pesquisa mostra tambm que o salrio mdio dos itidos pelos bancos no primeiro trimestre do ano foi de R$ 3.129,17 contra o salrio mdio de R$ 5.372,02 dos desligados. Assim, os trabalhadores que entraram no sistema financeiro recebem valor mdio equivalente a 58,2% da remunerao dos que saram. A rotatividade no sistema financeiro contrasta fortemente com a do conjunto da economia brasileira. A remunerao mdia dos trabalhadores itidos no pas correspondeu a 93,8% da recebida pelos desligados. Uma grande diferena! "Os bancos privados seguem praticando rotatividade, um instrumento nocivo usado para reduzir a massa salarial e turbinar ainda mais os lucros", critica o presidente da Contraf-CUT. "Nos ltimos dez anos, os bancrios conquistaram aumentos reais consecutivos, mas esses ganhos foram corrodos pela rotatividade, reduzindo o crescimento da renda da categoria", denuncia. Para Cordeiro, "os nmeros da nova pesquisa reforam a certeza dos bancrios de ampliar a luta contra as demisses e pelo fim da rotatividade, por mais contrataes e contra o PL 4330 da terceirizao, como forma de proteger e ampliar o emprego da categoria e da classe trabalhadora". Mulheres continuam ganhando menos do que os homens A pesquisa revela que as mulheres, ainda que representem metade da categoria, continuam sendo discriminadas pelos bancos na sua remunerao, ganhando menos do que os homens no somente na contratao como tambm no desligamento. Enquanto a mdia dos salrios dos homens na isso foi de R$ 3.507,06 no primeiro trimestre do ano, a remunerao das mulheres ficou em R$ 2.745,20, valor que representa 78,3% da remunerao de contratao dos homens. J a mdia dos salrios dos homens no desligamento foi de R$ 6.174,31, enquanto a remunerao das mulheres foi de R$ 4.500,73. Isso significa que o salrio mdio das mulheres no desligamento equivale a 72,9% da remunerao dos homens. "Essa discriminao refora ainda mais a luta da categoria por igualdade de oportunidades na contratao, na remunerao e na ascenso profissional", destaca Cordeiro. Maior concentrao de renda nos bancos A pesquisa fortalece ainda a luta dos bancrios por distribuio de renda. Enquanto no Brasil, os 10% mais ricos no pas, segundo estudo do Dieese com base no Censo de 2010, tm renda mdia mensal 39 vezes maior que a dos 10% mais pobres, no sistema financeiro a concentrao de renda ainda maior. No Ita, cada membro do Conselho de istrao recebeu, em mdia, R$ 15,5 milhes em 2013, conforme dados da Comisso de Valores Mobilirios (CVM), o que representa 318,5 vezes o que ganhou o bancrio do piso salarial. No Santander, cada conselheiro embolsou, em mdia, R$ 7,7 milhes no mesmo perodo, o que significa 158,2 vezes o salrio do caixa. E no Bradesco, que pagou, em mdia, R$ 13 milhes no ano para cada conselheiro, a diferena para o salrio do caixa foi de 270 vezes. Desta forma, para ganhar a remunerao mensal de um desses executivos, o caixa do Ita tem que trabalhar 26,5 anos, o caixa do Santander 13 anos e o do Bradesco 22,5 anos. "Esse profundo abismo que separa os ganhos dos altos executivos e os salrios dos bancrios atenta contra a justia social e a dignidade dos trabalhadores, bem como contribui para a vergonhosa posio do Brasil entre os 10 pases mais desiguais do planeta", conclui o presidente da Contraf-CUT. *Contraf/CUT e Dieese |
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