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Cifra foi 6,3% maior que a registrada um ano antes, mas 7,9% menor do que o resultado do segundo trimestre (Aline Bronzati)
O Bradesco abriu hoje a temporada de resultados dos grandes bancos ao anunciar lucro lquido contbil de R$ 4,120 bilhes no terceiro trimestre deste ano, cifra 6,3% maior que a registrada em idntico perodo do ano ado, de R$ 3,875 bilhes. Em relao aos trs meses imediatamente anteriores, quando o resultado foi de R$ 4,473 bilhes, porm, houve retrao de 7,9%.
A carteira de crdito expandida do Bradesco, que considera avais e fianas, fechou setembro em R$ 474 bilhes, elevao de 2,4% na comparao com junho. No comparativo anual, quando os emprstimos totalizaram R$ 444 bilhes, a expanso ficou em 6,8%.
O crescimento do crdito durante os meses de julho e setembro foi impulsionado pela pessoa jurdica que atingiu R$ 329,2 bilhes no terceiro trimestre, com avano de 2,9% ante o trimestre anterior e aumento de 7,5% em um ano. A pessoa fsica totalizou saldo de R$ 145,2 bilhes, leve aumento de 1,2% antes os trs meses anteriores. Na comparao anual, cresceu 5,2%.
O Bradesco encerrou setembro com R$ 1,051 trilho de ativos, montante 6,4% superior ao visto em 12 meses. O patrimnio lquido do banco alcanou R$ 86,233 bilhes no terceiro trimestre, elevao de 8,8% em 12 meses.
Lucro ajustado
O Bradesco tambm informou lucro lquido ajustado de R$ 4,5 bilhes de julho a setembro, expanso de 14,8% em 12 meses, quando ficou em R$ 3,9 bilhes. Em relao aos trs meses imediatamente anteriores, foi identificado incremento de 0,6%.
A diferena entre o resultado lquido contbil e o ajustado no terceiro trimestre se deve contabilizao de despesa por crdito tributrio de R$ 2,3 bilhes e ainda R$ 2,2 bilhes em provises para devedores duvidosos (PDDs) fora ivos contingentes e outros.
As despesas com provises para devedores duvidosos totalizaram R$ 3,852 bilhes no terceiro trimestre, aumento de 8,5% ante o trimestre anterior. Em um ano, o crescimento chegou a 15,1%. O aumento no comparativo trimestral, segundo o banco, ocorreu, em boa parte, por conta da inadimplncia no perodo, decorrente, principalmente, da desacelerao da atividade econmica e pelo efeito da variao do dlar sobre as despesas de PDD, oriundas das operaes no exterior. "As operaes de crdito - conceito Bacen evoluram 3,1% no trimestre", destaca o Bradesco, em relatrio.
No lucro lquido do banco, o efeito foi de R$ 2,2 bilhes compensado por uma despesa de R$ 2,3 bilhes com crdito tributrio por conta do aumento da contribuio social sobre o lucro lquido (CSLL). Em setembro ou a vigorar nova alquota da CSLL que ou de 15% para 20%. Alm de gerar despesa para as instituies, tambm proporcionar no terceiro trimestre receita no recorrente do perodo em que ficar vigente, at 2018. No caso do Bradesco, esse ganho foi usado para reforar as provises como era previsto por analistas.
Inadimplncia
O ndice de inadimplncia do Bradesco, que considera os atrasos acima de 90 dias, subiu mais 0,1 ponto porcentual no terceiro trimestre deste ano, ando de 3,7% ao final de junho para 3,8% ao trmino de setembro. Em 12 meses, os calotes aumentaram 0,2 p.p.
Em relatrio que acompanha suas demonstraes financeiras, o Bradesco explica que o leve aumento no comparativo anual e trimestral dos calotes ocorreu, principalmente, em funo do processo de desacelerao da atividade econmica, com impacto no ritmo de crescimento da carteira de crdito. O banco destaca, contudo, no mesmo documento, a reduo do ndice de inadimplncia do segmento de grandes empresas que ou de 1,0% em junho para 0,8% em setembro.
A maior elevao veio das micro, pequenas e mdias empresas, cuja inadimplncia, considerando os atrasos acima de 90 dias, ou de 4,9% em junho para 5,3% em setembro. Tambm houve contribuio da pessoa fsica, na qual os calotes aumentaram de 5,0% para 5,2%
A inadimplncia de curto prazo do Bradesco, que compreende atrasos de 15 a 90 dias, porm, teve melhora de 0,1 p.p. em setembro ante junho, para 4,1%. A melhora, nesta caso, tambm foi influenciada pelas pessoas jurdicas, cujo indicador foi a 2,8% em setembro ante 3,0% em junho. Na pessoa fsica, o calote de curto prazo subiu de 5,9% para 6,2% no terceiro trimestre. (Fonte: Estado)
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