O Banco do Brasil (BB), que divulgar os resultados do segundo trimestre em 8 de agosto, est preparando mais um Programa de Demisso Voluntria (PDV), a ser anunciado em breve. Esse desligamento, porm, poder vir com o pomposo nome de reorganizao.
Entre os 98 mil funcionrios, o clima de muita expectativa, pois no se sabe at onde chegar esse processo de reestruturao e quais a condies que sero oferecidas pelo BB aos que decidirem pelo PDV.
No se acredita que ser algo to grande como foi na gesto de Paulo Rogrio Caffarelli, que promoveu cortes profundos no banco, inclusive com o fechamento de centenas de agncias.
A expectativa maior com o que est por vir, porque, pela reforma da Previdncia, todos trabalhadores de empresas estatais que vierem a se aposentar depois da aprovao em definitivo da reforma da Previdncia tero que ser demitidos.
Estima-se, dentro do Banco do Brasil, que pelo menos 30% dos atuais gestores seriam cortados depois que tal regra entrasse em vigor. Esse nmero preocupa, pois daria descontinuidade a muitos projetos importantes tocados dentro da instituio.
Enxugamento
O Banco do Brasil no consegue dimensionar claramente quantos empregados teria que demitir depois de aprovada a reforma da Previdncia, pois muita gente se aposenta pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), mas no comunica a instituio.
“No existe um nmero preciso”, afirma um tcnico do banco. Ele ressalta, porm, que, pela Nova Previdncia, quem j est aposentado pelo INSS no ter, necessariamente, que deixar o banco. A regra de demisso imediata vale apenas para quem se aposentar depois que a reforma estiver, efetivamente, valendo.
O atual presidente do BB, Rubem Novaes, j demonstrou, por diversas vezes, que a instituio tem que diminuir de tamanho e abrir espao para os concorrentes privados. O banco, inclusive, vem se desfazendo, sem alarde, de vrios ativos.
Novaes s no acelerou o o no sentido de cortar pessoal, porque a presso dentro do banco grande. Ele, inclusive, j foi acusado por assessores do presidente da Repblica, Jair Bolsonaro, de ter sido “cooptado” pelas corporaes do BB.
O certo que, pelos dados do Banco Central, os bancos pblicos vm diminuindo o ritmo de crescimento. Nos seis primeiros meses deste ano, o estoque de crdito dessas instituies avanou 1,2%. J o total do setor privado saltou 2,1%. (Fonte: Correio Braziliense)