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  • 09 de dezembro de 2014, 09:19
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Bancrios cobram mais empenho dos bancos no combate ao assdio moral 11525o

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Movimento sindical questiona critrios sobre denncias
Na quinta-feira da semana ada (4), durante reunio da mesa temtica de Sade do Trabalhador, em So Paulo (SP), a Confederao Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT) cobrou da Federao Nacional dos Bancos (Fenaban) mais empenho no combate ao assdio moral no ambiente bancrio. A reunio teve o objetivo de fazer uma avaliao do instrumento de preveno e combate ao assdio moral, previsto na clusula 56 da Conveno Coletiva de Trabalho (CCT). Os dados analisados so referentes ao primeiro semestre de 2014.

Na ocasio, os representantes dos bancrios demonstraram preocupao com o trnsito da denncia de assdio moral encaminhada pelos sindicatos acordantes at o retorno a ser dado pelos 10 bancos signatrios do instrumento. A Contraf/CUT fez o seguinte alerta: "Muitas informaes esto se perdendo. H casos de denncia de assdio moral que o bancrio faz, por meio do sindicato, por exemplo, mas o retorno sobre o problema detectado chega por outro canal e, em alguns casos, sequer dada uma resposta. Isso acaba trazendo maior morosidade. Ficam ando um para outro dentro do banco, chegando ao ponto de desrespeitar o prazo de at 45 dias para apurao das denncias, previsto na CCT".

Diante das falhas apontadas, os bancos se comprometeram a concentrar o retorno dos casos no mesmo canal inicial: o de recebimento da denncia.

Denncias consideradas improcedentes
Os sindicatos tm se deparado com grande nmero de denncias descartadas e classificadas como improcedentes pelos bancos. Existem bancos que alegam que muitos relatos no se encaixam no instrumento de combate ao assdio moral, o que causou dvida e discordncia dos dirigentes sindicais.

Para evitar esses transtornos, os representantes da categoria bancria reivindicaram que os bancos em aos sindicatos, por escrito e de forma fundamentada, toda e qualquer denncia que transitar pelo instrumento, inclusive aquelas que consideraram improcedentes. O entendimento de que os bancos tm que expor as razes que os levaram a considerar uma denncia improcedente, provar este julgamento e assegurar ao trabalhador e ao sindicato o direito ao contraditrio.

Denncias procedentes
Uma constatao: mesmo entre as denncias julgadas procedentes, a ao dos bancos no combate ao assdio moral ainda apresenta vrias lacunas e equvocos. Nesse sentido, a Contraf/CUT avalia que os bancos precisam especificar quais medidas foram tomadas, uma vez que o objetivo prevenir e combater o assdio moral, que tem levado muitos bancrios ao adoecimento.

Monitoramento de resultados
Durante a reunio, os dirigentes sindicais tambm debateram outro item da clusula 56 da CCT, segundo a qual os bancos assumem o compromisso para que o "monitoramento de resultados ocorra com equilbrio, respeito e de forma positiva para prevenir conflitos nas relaes de trabalho". Os representantes dos bancrios disseram que querem aprofundar essa discusso, considerando que esse monitoramento de resultados constantemente desrespeitado com a cobrana diria de metas abusivas.

Ocorre que existem reunies e cobrana diria de metas e, em muitos casos, mais de uma vez ao dia. A Contraf/CUT diz que os bancos decidem que vo fazer uma campanha relmpago do dia, sem a mnima discusso com os trabalhadores. A entidade afirma ainda que o monitoramento de resultados uma conquista importante contra as metas abusivas, mas a reivindicao para aprofundar com a Fenaban a aplicao e o acompanhamento desse novo item que compe o instrumento de combate ao assdio moral.

A prxima reunio da mesa temtica de Sade do Trabalhador, entre a Contraf/CUT e a Fenaban, est agendada para fevereiro de 2015. Na ocasio, os representantes dos bancos vo apresentar os dados do instrumento de combate ao assdio moral referentes ao segundo semestre de 2014.

*Fenae


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