• 15 de maio de 2014, 14:51
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Bancos lucram com aumento de tarifas e demisses 5p5f3a

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Com tarifas acima da inflao e fechamento de vagas, Ita, Bradesco, Santander e Banco do Brasil lucram custa do cliente e do trabalhador bancrio (Mariana Castro Alves)

Os altos lucros dos quatro maiores bancos do pas com aes na bolsa tiveram participao do aumento de tarifas e da reduo de postos de trabalho, o que revelam os balanos do Ita Unibanco, Bradesco, Santander e Banco do Brasil, relativo ao primeiro trimestre do ano. Apenas com servios e taxas cobradas dos clientes, os quatro faturaram juntos R$ 19,5 bilhes. Esto includas a tarifas com cartes, contas correntes e taxas de gesto de fundos de investimento.

O crescimento de receitas vindas dos consumidores foi de 11,5%, em comparao com igual perodo de 2013.
O aumento muito maior que a inflao, que foi de 6,28% pelo IPCA, nos ltimos 12 meses. A elevao tambm superior ao aumento do nmero de correntistas, que foi de mais 3% no Bradesco, 4% no Santander e 2% no Banco do Brasil, comparando com os primeiros trs meses de 2013.

Os bancos no confirmam que aumentaram os preos, mas o Ita, por exemplo, itiu ter vendido mais servios de “maior valor agregado”, conforme matria do jornal Valor Econmico, de 8 de maio. Trabalho no aperto - Alm de ganhar com aumento de tarifas e crescimento do nmero de clientes, as instituies financeiras tambm fizeram srios “ajustes de gastos”, com demisses de trabalhadores. Os dados mostram que, de maro de 2013 a maro deste ano, os quatro fecharam juntos 12.332 postos de trabalho.

“Os nmeros deixam claro que os bancos no esto cumprindo seu papel social. Ganham com tarifas e juros, tirando o rendimento da populao trabalhadora, e ao mesmo tempo demitem. ”, explica a presidenta do Sindicato dos Bancrios de So Paulo, Juvandia Moreira.

Tarifas x Pessoal
O aumento da receita de prestao de servios e tarifas superou o crescimento das despesas com pessoal, em todas as quatro instituies.
A receita com tarifas do Ita, por exemplo, cobria 153% de todas as despesas com funcionrios, no primeiro trimestre de 2013. De janeiro a maro de 2014, aram a representar 171% dos gastos com pessoal, uma variao de quase 20 pontos percentuais.

Da mesma forma, o Bradesco ampliou a distncia entre o que recebe e o que devolve ao trabalhador. As receitas com tarifas e servios, que cobriam 147% das despesas com pessoal, aram a significar 158%, uma variao de 7,2%, no primeiro trimestre deste ano em comparao com o mesmo perodo de 2013.

J no Santander e no Banco do Brasil, essa variao foi de 2%.
Com um aumento de somente 0,4% nas despesas de pessoal, o espanhol pode, no primeiro trimestre de 2014, pagar uma vez e meia todas as contas com funcionrios usando apenas o que ganhou com prestao de servios, receita que totalizou R$ 2,63 bilhes.

O Banco do Brasil conseguia usar as tarifas para cobrir 121% dos gastos com funcionrios, de janeiro a maro de 2013. No mesmo perodo em 2014, com um aumento de 4% nas despesas com pessoal e 7% na variao das receitas de tarifas, a instituio pagou 124% dos gastos com trabalhadores.

Piora no atendimento
Outro indicador que revela desprezo ao trabalhador e ao cliente o crescimento do nmero de correntistas por bancrio.
Com relao aos primeiros trs meses de 2013, Santander, Bradesco e Banco do Brasil aumentaram a quantidade de clientes que cada bancrio deve tomar conta em 15%, 6% e 4%, respectivamente.

Os nmeros mostram que cada trabalhador do Santander tinha que cuidar de 394 contas correntes, conforme dados de janeiro a maro de 2013. Agora, so 453 contas por funcionrio.

No Bradesco, a situao tambm se agravou: ou de 251 para 267 contas por bancrio.
No Banco do Brasil no foi diferente: o bancrio que atendia 333 correntistas atende hoje 346, levando em considerao os dados mais recentes.

“As redues de custo das instituies financeiras impactam diretamente na vida do trabalhador. Com demisses e aumento de clientes, os funcionrios ficam sobrecarregados. Assim, quem sofre tambm o correntista, que a muito tempo na fila. ”, afirma a presidenta do Sindicato.

De acordo com Juvandia, presso e metas abusivas so parte do cotidiano dos trabalhadores bancrios.
“Os transtornos psicolgicos se tornaram a maior causa de afastamentos da categoria. Isso reflexo das demisses, falta de funcionrios e aumento da presso pelo cumprimento de metas abusivas”, descreve Juvandia.

Para ela, os bancos esto indo na contramo da economia brasileira: “ inissvel que as instituies financeiras continuem a desrespeitar trabalhadores e clientes. Todos tm um papel no desenvolvimento do pas, que tem apresentado alto nvel de emprego nos ltimos anos”, afirma. (Fonte: SEEB SP)


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